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Oficina de Audiovisual

Dois colégios foram beneficiados  com a realização de oficinas  de produção audiovisual que integram as ações educativas do  14 Festival de Cinema  da Lapa, o Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa (Colégio Agrícola) e Colégio São  José. Os vídeos produzidos serão exibidos   em sessão especial para os alunos, familiares e comunidade escolar no dia 06 de  novembro, sessão que antecede a abertura oficial do evento. Este ano fois instituído um prêmio para os melhores filmes produzidos pelos alunos/as  que será entregue na cerimonia de encerramento do Festival.

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Para os professores do município serão  realizadas duas atividades,em parceria com   a Secretaria Municipal de Educação da Lapa,  Laboratório de Cinema e Educação (LabEducine ) e  Programa de Pós Graduação em Artes PPGARTES ambos da UNESPAR:  o   Seminário “Cinema Brasileiro e Latinoamericano na Escola: Criar Laços” e uma oficina prática “Habitar com cinema as aulas do Plano Nacional de Educação Digital”, ministrados pela professora Adriana Fresquet, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As atividades acontecerão no  auditório do Receptivo Turístico da Lapa e na Secretaria Municipal de Educação, sob coordenação  das professoras  Kátia Arruda Tuchinski (SME/LAPA) e Solange  Stecz (PPGARTES/ UNESPAR), coordenadora pedagógica do Festival de Cinema  da Lapa.

O seminário   e a oficina vão discutir a importância  do cinema brasileiro e latino americano na escola,  abordar a regulamentação da Lei 13.006/2014, a Política Nacional de Educação Digital (PNED- Lei 14553/2023) e a importância de um Plano Nacional de Cinema na Escola. Temas que  remetem à urgência  da formação docente, do acesso às produções e  sua  utilização dentro e fora da sala de aula.

 

ADRIANA  FRESQUET -  Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordena o Grupo CINEAD: Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual. Seus projetos de pesquisa são Acervos audiovisuais e universidades na produção de conhecimento escolar e Acervos Digitais no contexto do Plano Nacional de Educação Digital e da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, que desenvolve em seu pós-doutorado, sob a supervisão da Prof Giselle Beiguelman, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Coordena o Programa de Extensão Cinema, Aprender e Desaprender, que realiza atividades de iniciação ao cinema em escolas públicas e no hospital universitário. É uma das fundadoras da RED KINO: Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. Atuou na elaboração da proposta de regulamentação da lei de Cinema na Escola, em colaboração com a equipe do Ministério da Educação e do Ministério da Cultura entre 2015 e 2016. Em 2023, coordenou o Grupo de Formação Docente do Fórum Tiradentes, para entregar ao poder público uma atualização do estado da arte e, atualmente, tem coordenado a elaboração do Programa Nacional de Cinema na Escola junto a participantes da sociedade civil, da Rede Kino e dos ministérios da Educação, Cultura e Direitos Humanos.

 

Todas as atividades educativas são coordenadas pela professora  Dra. Solange Straube Stecz e  realizadas em parceria com o Programa Pesquisa e Extensão Universitária LABEDUCINE – Laboratório de Cinema e Educação da UNESPAR –Universidade Estadual do Paraná, Programa de Pós Graduação em Artes -PPGARTES, Curso de Cinema e Audiovisual/Campus II/ Faculdade de Artes do Paraná  e a Produtora Werner Produções. Desde 2022  vem sendo realizado também uma série especial de podcasts veiculada em todas as plataformas de áudio.

 

HISTÓRIA

O Festival de Cinema da Lapa realiza desde 2012  ações educativas que já se tornaram uma  tradição do evento: oficinas de produção audiovisual  em colégios da Lapa e região para crianças e  adolescentes  e seminários de formação continuada para professores. As oficinas são realizadas nos meses que antecedem o Festival e tem como resultado produções audiovisuais realizadas  pelos   integrantes, que são exibidas  no Festival.

Estas ações integram a programação  oficial  e tem como objetivo envolver a comunidade, despertando o interesse pelo cinema tanto na produção  como no uso como ferramenta pedagógica  para os professores. As oficinas  de  produção audiovisual    são realizadas com  exercícios práticos, visando  reflexão crítica  sobre a  produção audiovisual e noções de todo o processo de realização de um filme.  Com esta proposta é proposto o conhecimento e domínio das ferramentas do audiovisual, fundamentais para a  compreensão  do mundo contemporâneo, intermediado pela cultura da imagem. 

São discutidos também, tanto nas oficinas  como na formação continuada dos professores , nos seminários  o acesso ao cinema nacional e à produção audiovisual universitária; a sensibilização para leitura e construção de narrativas audiovisuais em comunidades onde há acesso limitado às obras audio visuais além de se proporcionar a possibilidade  da comunidade envolvida representar a si mesma através do cinema.

O 1º Seminário Municipal de Cinema e Educação foi realizado  em 2015 discutindo  a Lei 13.006, sancionada em junho de 2014, que determina a exibição obrigatória de filmes de produção nacional como componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, por, no mínimo, duas horas mensais. A exibição regular de obras audiovisuais na escola pública traz consigo a necessidade de formulação de políticas e práticas adequadas de uso desse conteúdo, que, ao aproximar os campos da educação e do audiovisual, podem significar um avanço na qualificação e formação continuada do professor. A Lei 13.006/14, que  ainda não foi regulamentada,  aponta para a formação de público entre crianças e adolescentes e de novos espaços para o cinema brasileiro.

Colocar o cinema brasileiro na escola traz uma série de discussões, entre elas, como a escola e a comunidade vão absorvê-lo, como instrumentalizar os professores para as linguagens da cultura nacional, em particular o cinema, a partir do entendimento de que não basta assegurar o acesso, cabe discutir os critérios de escolha dos filmes e a formação do público para o cinema nacional. Não basta partir do conhecido (o filme nacional com visibilidade no mercado), reproduzir a programação da televisão; é preciso buscar as múltiplas expressões artísticas, refletir sobre elas. O acesso e a falta de hábito somam-se a questões práticas relacionadas à fruição dos filmes. Nem todas as escolas têm uma sala apropriada, com projetor, som de qualidade e recursos para sua manutenção constante. A Lei trouxe desafios que devem fazer parte da pauta de discussão da sociedade, para construção de políticas públicas de Estado, nas áreas da educação e da cultura, além do entendimento da concepção de arte e linguagem artística.

 

 

EQUIPE  2024

 

Coordenação - Professora Dra. Solange Straube Stecz

Produção: Téia Werner

Edição de videos - Rafael  Soares

Ministrantes de oficinas:

Solange Stecz

João Paulo Dianelli

Izabela Marques.

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